sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Nada elevado a nada

Não é nada.
Quantas milhares de vezes eu já não disse isso? (Quantas milhares de vezes eu menti?)

Sempre temos as nossas fases, que parecem intermináveis.

E o problema das más fases é: qualquer nada vai além de só nada. Nadas e mais nadas vão se juntando, se juntando.

E, então, você ouve algo. O nada-mór. Aquele nada funciona como potências para todos os outros nadas (os outros nadas das três últimas semanas) e nada se torna algo.

Algo grande, enorme. Significativo. Dói, machuca. Você não pode fazer nada além de chorar, e soluçar, e desabafar o que mais te dá medo e machuca, e implorar por atenção, e -isso é inevitável- você quer dormir, sem precisar acordar pra realidade.

Extravasado o algo, sobra aquele nada enroscado no peito. Afinal, como você se livra de nada? Enfim, a certeza: a fase não passou.

Tanto faz.

Quem se importa? Dane-se. Não é nada.


Agora, por incrível que pareça, você quase entende a aula louca de matemática.

Um comentário:

Anônimo disse...

Posso só te dizer que somos feitos de nadas e de tudos.

Por nada e por tudo, eu amo você e 'to contigo.